
Brigas em família são histórias comuns quando falamos sobre herança de bens, frequentemente essas brigas acabam nos tribunais. Além do desgaste emocional, filhos, cônjuges e parentes enfrentam altos custos com advogados, inventários e partilhas de bens. Para evitar transtornos, especialistas recomendam o planejamento sucessório. Esse planejamento consiste em transmitir ainda em vida o patrimônio acumulado ao longo dos anos. Embora não exista um momento ideal para iniciar esse planejamento, a antecipação pode ser uma grande aliada.
Quanto mais cedo se inicia, maior é o tempo para a família compreender propostas e para os profissionais envolvidos analisarem a documentação necessária. A documentação dos bens deve estar regularizada e as pessoas envolvidas precisam ter ciência do planejamento.
Levantamento do Patrimônio: O primeiro passo no planejamento sucessório é fazer um levantamento completo do patrimônio, que inclui imóveis, contas bancárias, investimentos, entre outros bens. Essa etapa garante que todos os ativos sejam contabilizados e facilita a organização da documentação necessária.
Identificação dos Herdeiros: É essencial identificar todos os possíveis herdeiros, como cônjuges, filhos e outros parentes. Esse processo ajuda a entender quem tem direito à herança e a definir como será feita a distribuição dos bens.
Escolha da Estrutura Sucessória: Existem várias estruturas sucessórias que podem ser escolhidas, dependendo das necessidades e objetivos da família. Entre as opções estão:
- Doação em Vida: Transferir a propriedade dos bens ainda em vida pode ajudar a evitar o pagamento de impostos mais altos no futuro.
- Criação de Holding Familiar: Constituir uma empresa holding para centralizar a gestão dos bens familiares pode facilitar a sucessão e reduzir a carga tributária.
- Testamentos: Formalizar um testamento pode esclarecer as vontades do proprietário e evitar disputas entre os herdeiros.
Documentação Necessária: Os documentos essenciais para um planejamento sucessório incluem:
- Declarações de imposto de renda
- Certidões de casamento e nascimento
- Registros de imóveis
- Testamentos e contratos de doação
Custos e Impostos: Os custos envolvidos no planejamento sucessório variam conforme a estratégia adotada e podem incluir honorários advocatícios e impostos, como o ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação). A recente reforma tributária introduziu alíquotas progressivas para o ITCMD, o que pode influenciar as estratégias de planejamento sucessório.
Importância da Antecipação: Antecipar o planejamento sucessório permite mais tempo para análise e execução das estratégias, além de dar aos familiares a oportunidade de compreender e aceitar o processo. Isso pode evitar desgastes emocionais e financeiros no futuro.
O planejamento sucessório é uma ferramenta valiosa para evitar conflitos familiares e minimizar custos com impostos e honorários advocatícios. Iniciar esse planejamento o quanto antes pode trazer benefícios significativos, proporcionando mais tranquilidade e segurança para as famílias. As novas alíquotas progressivas do ITCMD podem impactar significativamente as decisões de planejamento sucessório, tornando ainda mais crucial a antecipação e a organização desse processo.
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